31/12/2016

Culpa ou arrependimento?

Culpa ou Arrependimento?


O desafio de permanecer em Cristo, passa pelo caminho do arrependimento e da culpa. Quando nos deparamos com nossos pecados, muitas vezes sentimos culpa. A culpa é um processo de paralisação da vida que, ao invés de nos mover para consertar o que fizemos de errado, ela nos mantém no amargor daquilo que nós fizemos de errado. Esse sentimento, alimentado pelo nosso adversário (Satanás), nos afasta de Deus e da sua Igreja, e como Adão e Eva, depois de desobedecerem a Deus, tentamos fugir da presença Divina. Essa fuga pode ser nossa perdição eterna, pois desacreditados do céu, da santidade, do amor, da bondade e misericórdia infinita de Deus, cometemos uma grande blasfêmia. Colocamos um limite à misericórdia de Deus, esta que é ilimitada (infinita). Sem perceber, ofendemos o bom Deus duvidando de sua Misericórdia e sua obra redentora. Afastamo-nos de Deus e secamos como os ramos separados (João 15, 6).
A vontade de Deus Pai é que mesmo pecador - quando mais nos sentirmos indignos - precisamos nos esforçar para permanecer em Cristo. Não abandonar a oração, a Igreja, a missa, o trabalho e o serviço ao próximo. O ramo não pode nunca parar de produzir frutos, independente da situação. Durante sua jornada na terra como homem-Deus, Jesus se esforçou em pregar sua misericórdia infinita que era oposta aos sistemas que excluíam os pecadores. Por isso seu discurso: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Em verdade, não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9, 13) é sempre tão atual, pois “onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor (Rm 5, 20-21). 


O Padre Fabio de Melo nos ensina grandiosamente que “Uma coisa é a gente se arrepender do que fez, outra coisa é a gente se sentir culpado. Culpas nos paralisam, arrependimentos não, eles nos lançam pra frente e nos ajudam a corrigir os erros cometidos”. Somos falíveis. Os erros nascem de nossa condição humana, e nos lembram o tempo todo da nossa humanidade, da nossa tentativa falha de sermos como Deus, por isso Jesus Cristo se fez carne e habitou entre nós, para provar que só um Deus-humano é capaz de viver uma vida sem pecados, e que esse mesmo homem-Deus perdoa nossas fraquezas, como fez com a mulher adúltera: “Onde estão os que te acusam? Ninguém te condenou? Pois nem eu te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar”. (João 8, 10-11) O perdão de Jesus é um convite a conversão, a se levantar na batalha e nos mover para fazermos alguma coisa com relação ao que fizemos de errado. É uma janela aberta que nos mostra que podemos viver de uma forma diferente, com a sincera vontade de modificar nossos atos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário